Cabo Verde

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Olá a todos,

Em busca da praia, do bom tempo, do vento e do mar, aqui fomos nós até ao fantástico arquipélago de Cabo verde, mais especificamente à ilha do Sal.
Cabo Verde tem uma grande vantagem, é um dos destinos tropicais mais próximos de Portugal, em que a viagem efectiva dura o mesmo que uma deslocação para o Algarve, não fosse irmos de avião, factor que faz levar grandes secas no embarque e desembarque.

Chegados ao Hotel Riu Garoupa, deparamo-nos com um magnifico resort localizado na praia de Punta Negra, famosa pelas suas ondas e vento. A praia era fantástica, o vento suportável, e os aposentos dignos de um rei!

No 3º dia a seguir à chegada, e após um briefing da guia, rumamos a Santa Maria à procura de artesanato e do pontão dos pescadores. Chegados à vila, deparámo-nos com um ambiente terceiro mundista, constantemente perseguidos por vendedores ambulantes que incessantemente procuravam levar-nos para as suas lojas. Fugimos, seguimos por vielas e becos e dê-mos de caras com a majestosa baía de Santa Maria. Com esta visão, todo o cenário negro desapareceu e ficamos deslumbrados com a cor da água do mar. Seguimos em direcção ao Pontão e pudemos ver os pescadores a chegarem do mar, com os seus botes carregados de garroupas, bodiões, atuns e serras. Momentos mágicos das tradições dos pescadores que logo no local limpavam os peixes, deixando rastos de sangue e restos de peixes por toda a madeira do pontão. De seguida fomos conhecer o Hotel Ojos de Água, e por ali ficamos a aproveitar o sol e mar da praia privativa. SPA natural ao som do mar, praia de mar cristalino recheado de peixe, enfim um paraíso para este casal.

No quarto dia fomos dar à volta à ilha. Do programa constava as tradicionais visitas à Buracona (Piscina Natural) e às Salinas em Pedra de Lume. O passeio em veiculo de todo terreno fez-me recordar as paisagens de África Continental, com estradões intermináveis de areia lisa sempre rodeada de uma paisagem vulcânica composta essencialmente por calhaus de lava. As miragens lá estavam, a possibilitar a vista de lagos, em terra de pedras e pó. O passeio correu na normalidade, chegamos como prevíamos cheios de pó à Buracona e pudemos dar um mergulho na piscina natural. Mesmo ao lado, pudemos ainda ver o Olho de Deus. À entrada de uma gruta natural, pode-se ver um raio de luz a incidir nas águas cristalinas do mar, que de tão azul parece celestial. Apesar da beleza do espectáculo natural foi com algum espanto e aflição que verificamos a ausência de protecção no acesso ao local, o que permite a ocorrência de acidentes (cuidado com as crianças). Rumo às Salinas, o caminho foi efectuado por trilhas de terra planas, que possibilitaram aumentar um pouco a velocidade, aumentando a adrenalina do passeio. Os vulcões apesar de não serem enormes (pouco mais de 200m de altitude) pareciam colossos de pedra em virtude da total ausência de relevo na ilha. Nas suas encostas era possível observar os caminhos da Lava. Na Pedra do Lume (cratera do vulcão) dirigimo-nos para o seu interior através de um túnel escavado, diz à lenda por um português com a sua bengala. No cimo da encosta temos uma visão fantástica da cratera, onde se podia distinguir as duas lagoas principais e o armazém do sal. Ao longe começamos a ver as enumeras pessoas que se banhavam nas águas rosas da salina. Caminhamos cerca de 10 minutos por um trilho de areia e chegamos ao local. O sal forma-se no interior da lagoa o que origina uma grande densidade na água, que permite flutuar com grande facilidade (aliás o impossível é ir ao fundo). Após um rápido banho, em parte motivado por um problema num joelho, causado por um encontro imediato com uma rocha a fugir de um "tubarão" no dia anterior (não é marta???) dirigimo-nos para o negocio da "china" na Ilha do Sal. Um curto banho de água doce (isto é dessalinizada), por menos de 1 minuto com um custo de 1 €. Fazendo as contas cada hora tinham em média 120 pessoas a tomar um duche, o que dava uma média de 120 Euros por hora. GRANDE NEGOCIO! Após o banho, seguimos em direcção ao almoço de Cachupa, numa baía fantástica.

No sexto dia, efectuamos o passeio no barco Neptuno. Com o casco em vidro pudemos ver os fundos marinhos da Ilha do Sal. Logo no inicio da viagem fomos presenteados pela presença de uma enorme tartaruga marinha que nadava calmamente nas águas. Passados uns 15 minutos surgem os Golfinhos. Perto de meia centena de golfinhos roazes navegavam aos saltos em pequenos grupos de 5 membros. Por fora ou dentro de água as imagens eram excelentes. Chegados ao local do snorkeling, com uma profundidade de 4m, as aguas eram calmas e transparentes. Rapidamente saltei borda fora e durante uma hora pude nadar livremente no meio dos corais.
No sétimo dia tentamos ao máximo aproveitar o sol e a praia e usufruir ao máximo das facilidades do Hotel.

Enfim foram oito dias de sossego, mar delicioso, e muito Sol!

Enfim férias.


Cabo Verde