Florença – Pisa: O bom e o mau

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Fui comemorar o meu segundo aniversário de casamento, para Itália, terra da Paixão.

Destino: Florença

Nesta viagem de cultura, lazer e acima de tudo de amor, contei com a participação de um casal de amigos bastante chegados: o Jaime e a Gabi. Foi a nossa primeira viagem em conjunto, mas depressa deu para ver que seria a primeira de muitas. A boa disposição foi uma constante, mas comecemos pelo início.

Partimos do Porto no dia 5 de Dezembro rumo a Florença, via Pisa. Foi o meu primeiro voo Low Cost, e fiquei com boa impressão da RyanAir. À partida tivemos um atraso de 30m, em virtude do aeroporto de Pisa estar encerrado por motivos climatéricos. Um mau presságio pensei eu….
No entanto, logo ao levantar voo, somos esclarecidos pelo comandante do voo que em virtude do vento ser favorável a viagem seria reduzida para 2h de duração, o que compensava e em muito o atraso. Chegados a Pisa adquirimos os bilhetes de autocarro para Florença, uma viagem de uma hora e meia que correu no normal.

Hotel Palazzo Ricasoli ****: uma agradável surpresa. O Hotel é composto por um edifício histórico e um edifício anexo dos anos 70 com quartos amplos e modernos.

Florença: Caminhar pelas ruas de Florença é ter uma deliciosa aula de história a cada passo. Conhecida como berço do renascimento italiano, trás em cada esquina e em praticamente todos os museus contribuições de nomes lendários como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Dante Alighieri, Filippo Brunelleschi e Nicolau Maquiavel.

Firenze, como chamam os italianos, é a capital da província homónima e da região italiana da Toscana. Está situada a 230 km ao noroeste de Roma. Foi fundada por motivos comerciais e militares: o objectivo era controlar os únicos pontos navegáveis do rio Arno e os montes Apeninos, nas rotas de norte a sul da península itálica.

Fiel à sua tradição, Florença conserva lugar de destaque na arte e na cultura italiana.
Ao final do dia, deixámos o hotel e procuramos logo dirigir-nos para o centro histórico de Florença.

No centro histórico encontramos de imediato o complexo do Duomo - na homónima praça, formado pela igreja de S. Maria del Fiore (obra prima gótica dos séculos XIII-XIV, inicialmente um projecto de Arnolfo Cambio e construída sobre ruínas da precedente Igreja de Santa Reparada da qual se podem visitar as bases nos subterrâneos do actual Duomo), sobreposta pela cúpula de Brunelleschi (1419), o conjunto dos edifícios fica completo com o Baptistério (esplêndido exemplo de arquitectura românica florentina do XI, caracterizado pela bicromismo dos marchetados de mármore) e com o campanário de Giotto (1334, alto 84,7 metros).

Catedral de Santa Maria dei Fiore: A igreja revestida com mármore verde, rosa e branco, levou quase 2 séculos para ser construída, é um dos principais cartões postais de Firenze. É a 4ª maior catedral do mundo, esplendorosa! A visita é imperdível para apreciar obras primas da arte renascentista, como Zuccari, Donatello, Uccello e Ghiberti. Lá de cima a vista é um show!

Ficámos deslumbrados com a imponência dos edifícios. Deixamos a praça e dirigimo-nos ao Pallacio Vecchio. A praça central do palácio, a Piazza della Signora é composta por um conjunto de réplicas de estátuas de escultores famosos, das quais se destaca uma réplica do David que lamentavelmente se encontra em restauro.

Ao caminhar pelas ruas de Florença somos contaminados pelo cheiro de história que tem aquele lugar. Esta praça juntamente com a Ponte VECCHIO vão ficar na nossa memória.

Falar de cultura em Florença é tão óbvio quanto falar de pizza em Itália.

A cidade tem muitos museus, dos quais o mais importante é a Galleria degli Uffizi. Fomos visitá-lo e adorámos. Obras de Boticelli, Leonardo, Caravaggio, entre muitos outros.

Os passeios em Florença são bem poéticos. Um dos maiores prazeres é caminhar pela beira do rio Arno, olhar as suas águas revoltas, cruzar as suas pontes e ainda tomar um delicioso gelatto perto da Ponte Vecchio. Não há nada melhor que atravessar a ponte Santa Trinità, um projecto de Michelangelo, bombardeada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial.

Outro lugar lindo de ser admirado é o Pitti, uma construção imensa, megalomania de um milionário que queria construir um palácio que fosse maior do que o do rei. O palácio foi construído, mas o homem faliu logo depois. O palácio Pitti abriga hoje o Museu da Porcelana, o Museu da Prata, a Galeria Palatina, o Museu do Vestuário, o Museu de Arte Moderna e os jardins Boboli. Ah, o jardim é um lugar romântico e o preferido dos apaixonados.

A noite em Florença é bem tranquila, preferimos os restaurantes na Ponte Vecchio, nos quais se destacou o Golden View. Um dos melhores restaurantes que frequentei. Jazz ao vivo, comida divinal, atendimento personalizado, ambiente sofisticado e uma vista de pasmar.

As compras em Florença acontecem nas ruas. Feiras e mais feiras, lojas e mais lojas uma perdição para quem gosta de comprar.

A melhor forma de andar em Florença é a pé. Quase toda de paralelepípedos, a cidade é plana e pede caminhadas longas. Só é bom tomar cuidado com os pés e as costas pois são centenas de ruas para percorrer.

Firenze ou Florença.... é uma das mais lindas cidades do mundo. Quadros, esculturas, belezas ao seu redor, passeamos pelos jardins, perdemo-nos no tempo do Renascimento!
Vamos Sonhar com a Ponte Vecchio sob o Rio Arno...


Pisa: No regresso optamos por ficar a última noite em Pisa e visitar a famosa Torre. Apesar de termos quarto marcado em Florença, fizemo-nos à estrada e seguimos para Pisa. Reservámos a dormida para o hotel Pace, uma vez que era bem perto da estação de comboios e do aeroporto.

Chegados ao Hotel deparámo-nos com um péssimo Hotel, dos piores que já estive em toda a minha vida. Quartos pequenos e horríveis, decoração de mau gosto enfim….
Apesar das péssimas condições, o atendimento na recepção não foi mau, e a recepcionista disponibilizou-nos o serviço do transfer para o aeroporto às 5 da manhã.

Dirigimo-nos para a Torre de Pisa e restantes edifícios da Praça. A Torre é bem engraçada e lá fizemos as tradicionais fotos da praxe. Seguimos em direcção ao rio e fomos visitar alguns dos cafés da cidade.

Pisa é uma cidade bastante tradicional com falhas graves a nível de apoio ao turismo. Os restaurantes escasseiam e a beleza da cidade resume-se ao complexo da Torre.

A partida estava marcada para as 06h00 pelo que optamos por jantar num dos únicos restaurantes abertos ao Domingo o Il Vine. A evitar a qualquer custo….. comida banal e mal confeccionada….

Enfim para esquecer, no entanto o pior ainda estava para vir…. Após a péssima refeição dirigimo-nos a um café para procurar ultrapassar a péssima experiência e para procurar adocicar a nossa goela. No entanto saiu-nos o tiro pela culatra, melhor pela carteira: 4 cafés e três bolos (normais) 26 €. Enfim o pior fecho possível para umas férias….. resolvemos retirar para o quarto e esperar que a partida chegasse….

Em jeito de conclusão Florença é um sonho e Pisa um grande pesadelo!

Arriverdecci Itália!!!!
Florença e Pisa

Cabo Verde

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Olá a todos,

Em busca da praia, do bom tempo, do vento e do mar, aqui fomos nós até ao fantástico arquipélago de Cabo verde, mais especificamente à ilha do Sal.
Cabo Verde tem uma grande vantagem, é um dos destinos tropicais mais próximos de Portugal, em que a viagem efectiva dura o mesmo que uma deslocação para o Algarve, não fosse irmos de avião, factor que faz levar grandes secas no embarque e desembarque.

Chegados ao Hotel Riu Garoupa, deparamo-nos com um magnifico resort localizado na praia de Punta Negra, famosa pelas suas ondas e vento. A praia era fantástica, o vento suportável, e os aposentos dignos de um rei!

No 3º dia a seguir à chegada, e após um briefing da guia, rumamos a Santa Maria à procura de artesanato e do pontão dos pescadores. Chegados à vila, deparámo-nos com um ambiente terceiro mundista, constantemente perseguidos por vendedores ambulantes que incessantemente procuravam levar-nos para as suas lojas. Fugimos, seguimos por vielas e becos e dê-mos de caras com a majestosa baía de Santa Maria. Com esta visão, todo o cenário negro desapareceu e ficamos deslumbrados com a cor da água do mar. Seguimos em direcção ao Pontão e pudemos ver os pescadores a chegarem do mar, com os seus botes carregados de garroupas, bodiões, atuns e serras. Momentos mágicos das tradições dos pescadores que logo no local limpavam os peixes, deixando rastos de sangue e restos de peixes por toda a madeira do pontão. De seguida fomos conhecer o Hotel Ojos de Água, e por ali ficamos a aproveitar o sol e mar da praia privativa. SPA natural ao som do mar, praia de mar cristalino recheado de peixe, enfim um paraíso para este casal.

No quarto dia fomos dar à volta à ilha. Do programa constava as tradicionais visitas à Buracona (Piscina Natural) e às Salinas em Pedra de Lume. O passeio em veiculo de todo terreno fez-me recordar as paisagens de África Continental, com estradões intermináveis de areia lisa sempre rodeada de uma paisagem vulcânica composta essencialmente por calhaus de lava. As miragens lá estavam, a possibilitar a vista de lagos, em terra de pedras e pó. O passeio correu na normalidade, chegamos como prevíamos cheios de pó à Buracona e pudemos dar um mergulho na piscina natural. Mesmo ao lado, pudemos ainda ver o Olho de Deus. À entrada de uma gruta natural, pode-se ver um raio de luz a incidir nas águas cristalinas do mar, que de tão azul parece celestial. Apesar da beleza do espectáculo natural foi com algum espanto e aflição que verificamos a ausência de protecção no acesso ao local, o que permite a ocorrência de acidentes (cuidado com as crianças). Rumo às Salinas, o caminho foi efectuado por trilhas de terra planas, que possibilitaram aumentar um pouco a velocidade, aumentando a adrenalina do passeio. Os vulcões apesar de não serem enormes (pouco mais de 200m de altitude) pareciam colossos de pedra em virtude da total ausência de relevo na ilha. Nas suas encostas era possível observar os caminhos da Lava. Na Pedra do Lume (cratera do vulcão) dirigimo-nos para o seu interior através de um túnel escavado, diz à lenda por um português com a sua bengala. No cimo da encosta temos uma visão fantástica da cratera, onde se podia distinguir as duas lagoas principais e o armazém do sal. Ao longe começamos a ver as enumeras pessoas que se banhavam nas águas rosas da salina. Caminhamos cerca de 10 minutos por um trilho de areia e chegamos ao local. O sal forma-se no interior da lagoa o que origina uma grande densidade na água, que permite flutuar com grande facilidade (aliás o impossível é ir ao fundo). Após um rápido banho, em parte motivado por um problema num joelho, causado por um encontro imediato com uma rocha a fugir de um "tubarão" no dia anterior (não é marta???) dirigimo-nos para o negocio da "china" na Ilha do Sal. Um curto banho de água doce (isto é dessalinizada), por menos de 1 minuto com um custo de 1 €. Fazendo as contas cada hora tinham em média 120 pessoas a tomar um duche, o que dava uma média de 120 Euros por hora. GRANDE NEGOCIO! Após o banho, seguimos em direcção ao almoço de Cachupa, numa baía fantástica.

No sexto dia, efectuamos o passeio no barco Neptuno. Com o casco em vidro pudemos ver os fundos marinhos da Ilha do Sal. Logo no inicio da viagem fomos presenteados pela presença de uma enorme tartaruga marinha que nadava calmamente nas águas. Passados uns 15 minutos surgem os Golfinhos. Perto de meia centena de golfinhos roazes navegavam aos saltos em pequenos grupos de 5 membros. Por fora ou dentro de água as imagens eram excelentes. Chegados ao local do snorkeling, com uma profundidade de 4m, as aguas eram calmas e transparentes. Rapidamente saltei borda fora e durante uma hora pude nadar livremente no meio dos corais.
No sétimo dia tentamos ao máximo aproveitar o sol e a praia e usufruir ao máximo das facilidades do Hotel.

Enfim foram oito dias de sossego, mar delicioso, e muito Sol!

Enfim férias.


Cabo Verde

Londres

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Album fotográfico da viagem a Londres.

Londres